A VERDADE É QUE EU MINTO - Pablo Treuffar: IRREVERSIBLE de Gaspar Noé

Assisti ao filme francês Irreversible do Argentino Gaspar Noé
Antes de qualquer coisa
Fiz questão de ler varias criticas
Para poder ver as opiniões sobre esse magnífico filme
Ficou bem claro que os críticos tão “erroneamente chocados”
Não entenderam nada
Chegando a ponto de comentar a tão falada cena de Pierre (Albert Dupontel) massacrando a face de um homem com um extintor de incêndio
Como se ele estivesse massacrado a face do estuprador de Alex (Mônica Belucci)
Dentro de suas convicções de um filme violento e gratuito
Não repararam o tal estuprador no final da cena
Assistindo excitado o cruel assassinato do inocente
Está ele lá
Com o mesmo band aid no nariz
Deixando bem claro a violência com o propósito de fazer pensar
Falando desse espetacular filme
Gostaria de salientar novamente
Ao contrario do pensamento da maioria de espectadores
Esse é um filme contra a violência
Paris é fotografada sem glamour nenhum
Imagens sombrias e escuras
Verdades dolorosas e incontestáveis são contadas
Uma narrativa visual diferente de tudo que já se viu em matéria de fotografias cinematográficas
O filme é executado em grande parte por tomadas longas e sem cortes
As imagens estão sempre em movimento
Uma câmera neuroticamente ritmada e tremida acompanhando todos os sentimentos numa ação frenética
Sem parar um instante
As interpretações intensas e enérgicas dos três protagonistas
Marcus (Vincent Cassel)
Pierre (Albert Dupontel)
Alex (Mônica Belucci)
Estão tão naturais que não consigo achar adjetivo para qualificá-las
Terminando com uma edição inovadora
Tornando Irreversible diferente de tudo que já se viu
Irreversible seria uma historia comum se não fosse à genialidade corajosa e inventiva de Gaspar Noe
Ele nos faz refletir sobre a violência em estado puro no mundo atual
Realmente violento
Mas não uma violência banal
Sim
Uma violência humana e crua
O dia a dia nas grandes metrópoles
Noé bate na nossa cara com sua obra prima

Pablo Treuffar